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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

É preciso andar antes de correr

O título da postagem é uma frase dita por Christian Grey que o seu médico costumava dizê-lo, e não vejo outra maneira senão esta de iniciar essa postagem. Pois é caminhando que se chega a algum lugar. 

Eram duas da manhã de hoje, quando acabava de terminar a leitura do terceiro livro da trilogia 'Cinquenta Tons' de E. L. James. 
Ao contrário do que ouvi dos livros, e, especificamente o primeiro, eu amei de cara. Uma empatia instantânea, talvez por minha afinidade pessoal em psicologia, analisar as ações humanas e dotá-las de significado, talvez...
Para começar, a de se convir que os livros não possuem grande requinte literário a espelho de outras obras da literatura inglesa. A de se ter também em vista que muitas dessas obras inglesas foram escritas em outras épocas, o que se precisava ser dito e da maneira como eram vistas nestas épocas. 
Cinquenta Tons é uma leitura que me desafiou desde o primeiro capítulo, porém fui me rendendo à Anastásia, seu jeito atrapalhado e olhar ingênuo que me lembraram de alguém que conheço bem, a mim mesma.
O Christian Grey em grande parte do primeiro livro, me pareceu um cara metido, babaca, acostumado a ter todas as mulheres caídas a seus pés e a seu controle irracional. Sim, ele tem todas essas características citadas, mas o contato com Ana(como ela gosta de ser chamada) vai mudando algo nele(como em a bela e a fera), que no primeiro livro não se percebe tanto quanto no segundo, Cinquenta Tons Mais Escuros. A evolução do personagem é o que me fez amá-lo,porque ele tem 50 tons, 50 máscaras, 50 sorrisos, 50 tudo, mas uma doçura que só é despertada através da Ana. Em 50 Tons de Liberdade, o terceiro livro, há uma parte em que ele diz que ela virou o mundo dele de ponta cabeça e ele não sabia como se sentia com isso porque ele sempre foi um maníaco controlador, foi tão sincero e dotado de uma carga sentimental que não tem como não se envolver, tem?  
O primeiro livro da trilogia trata-se do encontro deles e o instantâneo fascínio mútuo, a relutância dela em aceitar seus sentimentos por ele e vice e versa. Desse modo fica resumido, cru demais, mas a autora amarra essa trama tão bem que me fez não desgrudar um mísero instante do livro a ponto de perder a noção do tempo enquanto lia,não queria fazer outra coisa a não ser me divertir com a Ana e o Grey. 

Claro que não posso deixar de avisar aos desavisados que se trata de uma literatura permeada de sensualidade e hedonismo, mas também dotada de sentimentos puros que as personagens vão descobrindo (Christian em específico). Sentimentos esses que desnudam Christian e explicam, no segundo e no derradeiro livro, os motivos por ele agir de tal modo e a decisão drástica que toma a fim de manter o que pensou que jamais teria, uma relação comum. 
Essa estimulante descoberta dos dois talvez seja o que me motivou a não parar de ler. Ver o quão bonito foi como a autora conduziu esse enredo,me dá vontade de escrever para que ela prossiga escrevendo sobre eles, já era como se eles fizessem parte da minha rotina. -Risos-
Esse texto não se trata de uma análise pormenorizada do livro, até porque não acho de bom tom contá-lo integralmente e estragar a surpresa, e muito menos uma crítica acerca das discussões que a autora criou com seus livros. Até porque na minha apreensão isto serve apenas como pano de fundo para o desenrolar da estória, desse conto de fadas como a E. L. James mencionou numa entrevista à revista VEJA em setembro de 2012, e permear o imaginário do leitor(em sua maioria mulheres) de imagens ditas como erradas, que durante séculos de repressão foram varridas para os recônditos de suas mentes. 
Portanto, não posso evitar o provável julgamento de vários ao lerem esse post, assim como não poderia deixar de escrever.  Enquanto as pessoas viverem subjugadas sob a opinião dos outros e não emitirem a sua própria opinião a respeito das coisas desde as mais ínfimas, nunca poderão ter uma decisão acertada e ponderada sobre o mundo e sobre as coisas. Acredito que só se possa conhecer algo de fato se deixar permitir a isso, e usando as sábias palavras ditas por Padre Claudio na homilia que ele por sua vez tomou emprestado de Madre Tereza, se você julga, nunca poderá amar, pois terá perdido muito tempo. 
Realmente espero que quem leia esse texto, se inspire e leia o que tem curiosidade e não o faz porque o colega disse que era chato todos tem direito de emitir sua opinião, agora você se privar de ter a sua baseada na de outro, aí já é tolice. 
Aaaah! Espero ansiosamente a escolha dos atores para o filme. Postarei aqui assim que decidirem os atores definitivos, pois já mudaram diveeeeeersas vezes (minha ansiedade só aumenta!!). 

Beijos e abraços! 
Baunilha - leiam e entenderão!

Ps. Já sinto saudade das palavras espertas do Sr. Grey e de todo seu charme.
Ps2. Claaaro que vou reler os livros,só vou dar um tempo e quando a saudade bater, será sempre muito bom rever o Sr. Grey e Ana. 


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